Afinal de contas, o que é FODMAP? Provavelmente você já tenha ouvido falar sobre esse termo por aí e em poucos minutos você vai entender o suficiente para saber qual é a hora certa de buscar ajuda médica especializada.
Eu vou explicar de forma simples e direta o que é FODMAP, como esses alimentos agem no organismo, qual a função de uma dieta baixa em FODMAPs e como isso colabora para a prevenção de desconfortos e problemas de saúde.
Continue a leitura para saber todas essas respostas.
Saiba o que é FODMAPs e como agem no organismo
O termo FODMAP vem da sigla (em inglês) de “Oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis”.
Trata-se de um grupo específico de carboidratos de cadeia curta, ou seja, que são lentamente absorvidos ou que não digeridos no intestino delgado.
Devido a essa característica, são alimentos que acabam passando por um processo de fermentação pelas bactérias intestinais.
Isso, por sua vez, acaba causando sintomas como gases, má digestão, dor e/ou diarreia e prisão de ventre alternados em pessoas diagnosticadas com a Síndrome do Intestino Irritável (SII).
A adaptação da dieta para um cardápio com baixo teor de FODMAPs é o melhor caminho para o tratamento, sempre considerando as necessidades individuais e o organismo de cada um.
Como funciona a dieta baixa em FODMAPs?
De forma geral, inicialmente é recomendada a retirada de alimentos com alto teor de FODMAPs por um período entre 6 e 8 semanas, com observação e acompanhamento profissional constante durante esse processo.
Se melhorar, ótimo! Em seguida, os alimentos com alto teor de FODMAPs são reintroduzidos lentamente, com um grupo de cada vez e em porções pequenas.
Todo esse processo é feito com cuidado e análise minuciosa para que os alimentos responsáveis pelos sintomas sejam identificados.
As 3 fases da dieta baixa em FODMAPS
O tratamento envolve 3 etapas:
1 . Os pacientes são orientados por um médico e um nutricionista a retirar os alimentos com alto teor de FODMAPs de forma individualizada, entre 6 e 8 semanas, considerando seu estado de saúde;
2 . Em seguida, há a reintrodução desses alimentos de forma sistematizada com o objetivo de identificar os alimentos específicos que causam o desconforto para cada pessoa;
3 . Por último, os alimentos são reintroduzidos por completo de forma personalizada para que os sintomas sejam mantidos sob controle. Nessa fase, a orientação deve ser seguida pelo paciente no longo prazo, com o objetivo de manter a saúde e qualidade de vida.
Tanto o tipo de alimento como o tamanho das porções deve ser levado me conta na hora de estabelecer uma dieta, considerando caso a caso.
Uma dieta com baixo índice de FODMAPs, por exemplo, com porções excessivas pode fazer com que o tratamento não funcione.
Exemplos de alimentos permitidos em dieta baixa em FODMAPs
Para a dieta baixa em FODMAPs, alguns alimentos permitidos são: cereais sem glúten (arroz, milho, fubá, quinoa ou aveia); frutas (tangerina, laranja, uva, abacaxi, maracujá, kiwi, morango, mamão, limão, banana ou melão); legumes, verduras e tubérculos (abóbora, berinjela, azeitonas, tomate, espinafre, abobrinha, alface, cenoura, pepino, aipim, batata, batata doce, inhame ou tapioca); laticínios sem lactose; carne, frango, peixe, tofu, ovos, sementes, oleaginosas e bebidas vegetais.
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Toda dieta baixa em FODMAPS deve ser personalizada
O acompanhamento de um médico e um nutricionista é imprescindível porque ajuda a evitar deficiências nutricionais e novos problemas de saúde.
Durante a dieta baixa em FODMAPs pode ser necessário o uso de suplementos probióticos para ajudar a regular o intestino e equilibrar a flora intestinal.
Se a essa estratégia não funcionar, o que pode acontecer, será necessário buscar uma nova abordagem para o tratamento, considerando cada caso.
Não ignore os sintomas! Vale a pena procurar ajuda médica caso esteja com qualquer desconforto digestivo. Se você chegou até aqui, já sabe o que é FODMAPs e como funciona o tratamento. Agora, se esse conteúdo foi útil para você, compartilhe nas suas redes sociais.